Entrevistas

16/03/2015


Nome: Lília Sabrina da Cunha
Formação: Mestrado em Memória Social e Bens Culturais; Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos
Profissão: Coach Executiva e Professora acadêmica
Área de atuação: Gestão de Pessoas
Nome da Empresa: LCcoach e Unilasalle

Breve histórico da sua carreira Profissional e breve histórico da empresa:
"Meu primeiro emprego foi como auxiliar em uma multinacional varejista com muitas filiais, onde auxiliava na frente de caixa, sendo em breve promovida para o setor de automação. Nessa época me inspirei a trabalhar com desenvolvimento de sistemas, me encantava a informática. Após um ano de empresa, participei de um processo seletivo sendo transferida da cidade de São Leopoldo para Porto Alegre. Iniciei minha carreira no RH assim, sem conhecimento algum, graças a uma empresa que até hoje tem como política de RH as oportunidades internas, dando oportunidade aos profissionais que nela atuam.
Foi assim que ingressei no RH, primeiramente lançando admissões no sistema, na sequência adquirindo autonomia para assinar Carteiras de Trabalho, e tudo foi sendo absorvido com muita responsabilidade, afinal, era assim que me transferiam o conhecimento, para que eu realizasse as atividades da forma mais correta possível.
Como passar do tempo, me identifiquei tanto com as atividades do setor, que migrei minha área de atuação na faculdade, de Análise de Sistemas de Informação, para O H definitivamente, ingressando então no Tecnólogo que recém havia iniciado no Unilasalle. Fui a segunda turma de formandos desse curso, sendo que na primeira tivemos somente duas meninas se formando.
Após sair dessa empresa, fui admitida novamente em minha cidade de residência, São Leopoldo, desta vez em uma Transportadora. Lá fiquei responsável pela área de captação, seleção, remuneração e treinamentos. Foi quando iniciei o Mestrado, também no Unilasalle pois pretendia possuir uma segunda profissão.
Em 2013, fui convidada a gerenciar o RH de outra Transportadora, dessa vez em Canoas. Consegui, durante meu tempo de atuação nessa empresa colocar todos os meus conhecimentos em prática em todos os subsistemas do RH, foi uma experiência muito rica.
Daí por diante, iniciei a docência no Unilasalle, escrevi meu primeiro livro, realizei outros cursos de formação, inclusive o de Coaching Executivo e hoje também atuo como Coach Executiva em minha própria empresa, LCcoach.
Também atuo em parceria com outras empresas através do Coaching e tenho vários projetos para desenvolver, ainda em 2015."

Possuir um RH dinâmico e estratégico pode ser considerado um fator com grande relevância para a captação e a retenção dos talentos?
Nossa, essa pergunta parece muito com meu discurso em sala de aula. Certamente esse é o grande diferencial dos RH´s nas empresas. E depende de quem? De pessoas que queiram ser estratégicas, depende da proatividade dos profissionais de RH. Precisamos de mais atitude e menos discurso. Mais participação e menos reclamação, pois reclamação não leva o RH a nada, precisamos agir estrategicamente e nos fazer presentes através de processos bem conduzidos. Somente assim conquistaremos o respeito que as demais áreas possuem diante das diretorias organizacionais.
Quais as etapas são indispensáveis em um processo de seleção?
Abertura de requisição de pessoal;
Definição do quadro de pessoal de cada setor;
Divulgação das vagas;
Triagem inicial de currículos e anotação das primeiras percepções e dúvidas, preparando-se para a entrevista com o candidato (nada de chamar as pessoas e ficar lendo o currículo na frente delas);
Testagem psicológica (quando e somente quando necessário);
Testes avaliativos (que podem ser criados pelo próprio RH com perguntas sobre os processos de trabalho);
- Entrega aos candidatos da lista de documentos necessários à admissão (para que o mesmo vá se organizando). O profissional de Captação e seleção deve entender que o candidato poderá ser reprovado por falta de documentos, principalmente em função do E-Social que não permitirá mais as famosas admissões com o “jeitinho brasileiro”;
Uma integração bem feita: a recepção ao candidato também faz parte da seleção de pessoas. Caso o profissional de RH não conduza a primeira parte da seleção adequadamente, falando a verdade ao candidato, essa verdade aparecerá na Integração. Se não vier através dela, será detectada nos primeiros dias de trabalho. Então, é sempre melhor uma verdade desagradável a uma mentira fantasiosa.

Baseado em sua experiência você acredita que a presença de uma liderança seja essencial em um processo seletivo ?
Novamente a pergunta encaixa-se perfeitamente com o que penso. RH estratégico não é mais aquele que centraliza procedimentos e informações. Ao contrário, é aquele que tem humildade para entender que não pode e mesmo querendo, não consegue resolver todos os problemas. Precisa atuar em parceria com as demais áreas, solicitar a participação das lideranças solicitantes das vagas, para que o candidato que mais se aproxima do perfil ideal, seja o admitido.

Você acha importante dar um feedback ou retorno para candidatos não aprovados?
Com certeza, isso é uma forma de respeito para com os candidatos. Por outro lado, entendo que os RH´s trabalham com orçamentos apertados e que muitas vezes nos é solicitado para não dar retorno aos candidatos, justamente pelo custo com telefone, já que esse é o caminho mais utilizado para os contatos. Reintero sempre com meus alunos que temos outras formas para dar retorno sem necessariamente, ligar para os candidatos. Precisamos apenas nos organizar e informar ao candidato qual é a data que pretendemos dar os retornos positivos. Solicitar para que ele espere até essa data para obter retorno positivo e que se ele não ocorrer, que entenda não ter sido selecionado nesse primeiro momento. Essa é uma forma sincera de dar uma informação correta e determinar uma data para a espera da pessoa. É fácil e não tem custo. Basta querer.

Entre captação, seleção e integração qual você considera a etapa mais importante?
Acredito que não consiga responder escolhendo uma etapa, apenas posso ressaltar a importância de cada uma delas: captação define a forma como os candidatos saberão das minhas vagas. Se isso não for bem divulgado, ninguém saberá. É preciso procurar as fontes conforme os perfis de candidatos para as vagas.
Sobre a seleção: etapa imprescindível que seja bem conduzida, com pessoas capacitadas para analisar o candidato adequadamente, que o respeite, que faça perguntas abertas, e que realmente entenda sobre a vaga. Nesse momento faz-se necessária a presença do gestor solicitante também. RH não deve contratar pessoas sem o aval do gestor, por mais que este pense que temos a famosa “bola de cristal” que diz se ele gostará do candidato ou não.
E finalmente a integração é importante pois representa as “Boas vindas” do funcionário à nova empresa. Deve ser realizada sempre no primeiro dia de trabalho, quando o novo funcionário já está com sua carteira de trabalho devidamente assinada, nada de integração fora do período de admissão. O funcionário está a disposição da empresa, portanto deve ser remunerado pelos dias aos quais se submete ao período de integração. Empresas sempre possuem bons e belos argumentos para fazer diferente disso, porém nós, profissionais do RH temos embasamento legal suficiente para provar que isso é incorreto e devemos “bater o pé” no bom sentido, para mudar essa realidade nas empresas.

Você acredita que a rede social pode atrapalhar em determinadas fases do processo de seleção?
Infelizmente acredito que sim. Apesar de defender seus benefícios, entendo que nem todos os profissionais do RH possuem uma visão livre de julgamentos e ao pesquisarem nas redes sociais, utilizam o seu filtro e não necessariamente, o filtro da empresa, que é o que realmente importa. Por outro lado, temos candidatos que não se preocupam com certas informações que expõem nas redes e acabam prejudicando-se na maioria das vezes, de forma inconsciente.

Que dica você dá para aqueles que estão em busca de recolocação no mercado de trabalho ou para aqueles que procuram seu primeiro emprego?
Que tenham humildade para admitir o que não sabem e que evidenciem suas potencialidades. Buscar seus valores e analisar se são compatíveis com os da empresa e entender que muitas vezes, precisamos cumprir atividades que não nos satisfazem completamente, para alcançar nossos objetivos.

Passar um pouco de dificuldade no ambiente de trabalho nos faz crescer e ter vontade de buscar mais, passamos a valorizar o hoje para alcançar novos caminhos. Acredito muito que aquilo que vem fácil não é valorizado da mesma forma que aquilo que buscamos com afinco e dedicação, pois o que vem fácil muitas vezes nem é desejo nosso, é uma questão de oportunidade e não de conquista.

Entrevista feita por Jaqueline Silva.


09/03/2015



Nome: Denise Macedo Ziliotto
Formação: Doutorado em Psicologia Social (USP) mestrado em Administração (UFRGS), Psicologia (PUCRS) e Jornalismo (PUCRS)
Profissão: Professora universitária
Nome da Empresa: Centro Universitário Lasalle

Breve histórico da sua carreira Profissional e breve histórico da empresa:
Coordenadora Curso Tecnólogo RH LaSalle, ministra disciplinas em cursos de especialização, MBAs e programas de Pós graduação.

Hoje em dia muitas empresas acabam perdendo talentos por diversos motivos, para você qual e a melhor forma de reter estes talentos?
A continuidade de um projeto profissional relaciona-se à expectativas e características presentes nas corporações e nos profissionais. Um clima organizacional positivo e propositivo, bem como perspectivas promissoras do negócio são decisivas para ser atrativo à retenção de profissionais competentes.  De outro lado, temos hoje uma cultura que valoriza o retorno imediato e a ascensão profissional a partir da formação/titulação. Neste sentido, muitas vezes os profissionais priorizam remuneração e posição a curto prazo, não havendo intenção de consolidar trajetórias. A retenção, de qualquer forma, precisa ser pensada como a convergência entre objetivos de ambas as partes; somente na conciliação e na mediação destas necessidades e expectativas é que algo pode se estabelecer.

Sabemos que a maioria das organizações possuem um alto índice de absenteísmo como você lida com isto? E quais as ações preventivas para ter este índice de absenteísmo ser baixo?

O absenteísmo precisa ser pensado como uma consequência e não como uma causa. Este índice elevado, assim como outros aspectos, precisa ser monitorado: identificar as incidências do absenteísmo nos setores, sua sazonalidade, frequência, características da jornada de trabalho, o padrão de remuneração existente, o perfil trabalhador da organização. Estas informações associadas a dados relativos à afastamentos pode apontar as causas. Quando esta análise for realizada então é possível incidir sobre o absenteísmo de fato


Todos os dias sabemos que muitas empresas tem dificuldade de se reinventar, com a dificuldade que encontra de se manter no mercado competitivo. Qual sua sugestão para manter a empresa competitiva no mercado de trabalho? 
Estar constantemente desafiada a criar diferenciais competitivos e conservar sempre o olhar no contexto econômico social mais amplo – não se voltar demasiadamente para si. Este dinamismo conduz à inovação.

Com as mudanças que vem acontecendo , o que você espera do RH no futuro? 
Espero que o RH seja fundamental na construção de espaços de trabalho e de produção mais atrativos, abertos à diversidade e comprometidos com a comunidade em que estão inseridos, promovendo a sustentabilidade.

Quais as razões que o motivaram a interessar-se pela Gestão de Pessoas e não atuar em outra área? 
O trabalho é central em nossa cultura, o que dimensiona muitas vezes de maneira equivocada e adoecedora a forma com que as pessoas lidam com sua vida profissional. Promover arejamento nas relações e modelos de organização do trabalho é promover saúde e bem estar social também, pela amplitude da influência das corporações na sociedade.

Que dica você daria aos novos gestores que estão iniciando sua carreira? 
Estudem e trabalhem pela valorização dos quadros de RH não sendo executores de processos, mas realmente oferecendo novos olhares e soluções para as organizações e seus colaboradores.

Entrevista feita por Jaqueline Silva.


11/12/2014

Patrícia Teixeira. Empreendedora na área de Marketing Multinível no ramo de nutrição. Gentil, atenciosa, responsável e decidida, encanta seus clientes com um atendimento personalizado. Focada e com objetivos bem traçados, tem como missão ajudar seus clientes a mudarem de vida, no âmbito financeiro e na saúde através da nutrição. É com muito prazer que recebemos ela no nosso Blog!


Nome: Patrícia Teixeira      
Idade: 28 anos
Profissão: Empresária
Área de atuação: Marketing Multinível
Ramo: Nutrição


Visite o Espaço: Siqueira Campos, 1184, sl 504, centro - Poa. 




Como surgiu a ideia de ser empreendedora?
Com uma vontade muito grande de mudar de vida.


Conte-nos como tudo começou. Você pensou sobre isso por muito tempo antes de realmente começar o negócio? 
Tudo começou com uma vontade muito grande de mudar de vida, mudar a situação em que eu e minha família estávamos vivendo, desde pequena nunca aceitei que tínhamos que ter uma vida limitada, onde não podia isso, não podia aquilo e sempre disse para meus pais que daria uma vida melhor e confortável para eles, não sabia ainda o como, mas este pensamento sempre esteve comigo. E então me deparei com o mercado tradicional, trabalhar em uma grande empresa, fazer faculdade e ganhar algum dinheiro, então veio à frustração, não é isso que eu quero para meu futuro, não é isso que vai realizar todos os meus sonhos. Uma disputa por poder e liderança onde um tentando “puxar o tapete” do outro para subir na empresa, isso nunca fez parte da minha personalidade e da minha índole, e ainda tem que ser mandada, ter chefe e sem ser paga com aquilo que me determinassem que eu iria ganhar. Há não!!  Eu quero sem paga pela minha produção, pelo meu esforço, pois sempre fiz muito mais do que era para fazer, sempre me dediquei ao máximo sempre me doei muito, então foi onde identifiquei que para ter total liberdade financeira, tenho que ter meu próprio negocio. Foi onde buscando uma oportunidade, encontrei a minha empresa. Então me programei para fazer a transição de empregada para empreendedora, principalmente a mudança foi na mente.

Como você aprende hoje? Tem um método próprio?
Aprendo no sistema de treinamento e capacitação da empresa em que represento.

Como lida com os desafios no ramo de seu negócio?
Os desafios do dia a dia existem em qualquer negocio precisando é crescer, nos desenvolver como pessoa para nos tornarmos maiores do que aqueles desafios... E sendo assim, eles se tornaram pequenos diante do nosso crescimento pessoal.

Como obtêm informações sobre o que esta acontecendo na empresa? E como você controla o seu negócio?
Obtenho informações pelo sistema de informação e treinamento que tenho na empresa, estando conectada por e-mail, cursos e treinamentos. Administro meu negocio através de controles diários, semanais e mensais.

Como descreveria a si próprio como líder da sua empresa? O que é diferente na maneira como você comanda seus negócios?
Acredito no que vivo, no que faço, tenho plena certeza e convicção do que estou fazendo e para onde estou indo. Então transmito essa clareza e certeza para que a equipe também tenha o entendimento e esteja neste estado de espírito. Alem de trabalhar com muito amor, paixão pelo que fazemos e principalmente trabalhar pela missão da empresa que é de mudar a vida das pessoas.

Você estabelece metas?
Com certeza! Uma empresa sem metas é uma empresa estagnada. As metas são o que nos impulsionam a enxergar que sempre podemos mais, metas e planejamentos são fundamentais e são o corpo do negocio.

O que diria a alguém que esta pensando em iniciar um negócio?
Busque, não pare de buscar, não desista dos seus sonhos, você vai encontrar. Quando encontrar, planeje, estruture primeiro na mente, passe para o papel e então mãos a obra, colocar em pratica, com muito empenho e dedicação, força, fé e principalmente foco e disciplina. 




Entrevista feita por Tainá Moreira com a contribuição de Débora Lima.






28/11/2014

Diego Gonçalves. Trabalhamos juntos como supervisores na Contax, após na empresa Explorer Call Center. Profissional dedicado, disposto a aprender sempre e seu bom humor contagia a todos. De colegas a amigos! Hoje, tenho a grande honra de trazer como entrevistado do Blog.

Nome: Diego Gonçalves       
Idade: 26 Anos
Formação: Superior Cursando (Gestão de RH)
Profissão: Coordenador de Treinamento
Área de atuação: Recursos Humanos
Nome da Empresa: Zanc Assessoria de Cobrança

Breve histórico da sua carreira Profissional:
"Iniciei a minha carreira no Call Center aos 18 anos como operador, no decorrer da trajetoria passei a monitor de qualidade e em seguida instrutor de Treinamento. Após alguns anos como Instrutor de T&D, assumi a gestão das áreas de Treinamento e Qualidade."

Qual a diferença entre Treinamento e Desenvolvimento?
Treinamento é formar habilidades requeridas, os conhecimentos  e as atitudes especificas para o desempenho eficaz das tarefas do cargo. Já o Desenvolvimento é suprir habilidades, conhecimento e atiudes. Ou seja, um forma e o outro desenvolve.

Com base na sua experiência, quais são as etapas para planejar um programa de treinamento consistente?
Em primeiro lugar conhecer a cultura da empresa, para que apartir daí possa ser desenvolvido todo um programa de treinamento que tenha o “coração” da organização nele inserido.

Para algumas organizações, ainda existe a premissa de que treinamento é um investimento desnecessário. Qual a sua opinião sobre essa linha de "pensamento"?
O capital humano é importante e precisa de uma visão diferenciada, as empresas já estão vendo isso e acredito que as organizações que continuarem com esse pensamento serão ultrapasadas por empresas com pessoas mais desenvolvidas e capacitadas, pois treinar pessoas tem sido considerado como um ponto positivo para quem quer se diferenciar da concorrência.

Quais são os principais "pecados" que a área de T&D comete no dia a dia?
Excesso de Zelo pelo que é correto, quando falo em correto digo: desde o tratamento de outros lideres com as pessoas, até as regras e diretrizes da organização.

Hoje, os investimentos na área comportamental são tão relevantes quanto os destinados à área técnica. Qual sua opinião sobre essa frase?
As empresas estão com uma visão de inovação muito forte por isso que cada vez mais mexer com a maneira de agir e de pensar das pessoas os instiga a sair da zona de conforto, ou seja, trazer mais novidades para o meio corparativo. Acredito que esse seja um dos motivos de investirem fortemente no desenvolvimento comportamental.

Qual o melhor período para um treinamento ser produtivo e não cansativo?
Acredito que no período da manhã e com uma carga horária de no máximo 6 horas. O período da manhã, pois normalmente as pessoas estão com a mente mais “livre” e com poucos acontecimentos do dia que a pouco começou. E com duração de 6 horas para o assunto ser melhor tratado e não ser uma avalanche de informação. Os treinamentos iniciais hoje na empresa que trabalho são pela manhã e de 6 horas dia.
  
Qual o principal objetivo do setor de T&D?
Otimizar processos  e resultados organizacionais, com foco no desenvolvimento contínuo dos profissionais.

Você como Coordenador/Líder de Qualidade, qual a sua missão?
É atuar com excelência no investimento de pessoas com foco em resultados.

Entrevista feita por Dani Nunes



20/11/2014


Alice Gorges. Empresária de sucesso na cidade de Florianópolis/Jurerê Internacional. Empreendedora que está a mais de 10 anos no mercado oferendo a melhor comida caseira da cidade! Clientes satisfeitos e fiéis é o que a empresária mais se orgulha nesses anos. É com muito prazer que recebemos ela em nosso Blog!




Nome: Alice Gorges
Formação: Formada em Licenciatura 

Profissão: Empresária.

Área de atuação: Alimentação

Nome da Empresa: Empório dos Kongelados

R. Jurerê Tradicional, 34 - Sala 01 - Jurerê/Florianópolis - SC, 88053-750, Brasil‎ +55 48 3369-7487:



Qual foi o maior desafio no começo de sua carreira?

Alice: No início os desafios maiores foram inserir meu produto no mercado, conquistar clientes, lidar com pouco recurso.



O que o pequeno empreendedor deve ter como prioridade em seu negócio?

Alice: Tanto pequenos empreendedores, quanto grandes empresários, devem ter como base, compromisso, dedicação e gostar do que faz.



A Sra. pretende desenvolver novos empreendimentos, ou apenas almeja expandir o que já lhe trouxe sucesso?

Alice: Desejo aperfeiçoar,mantendo sempre a qualidade.



Qual o motivo que determinou a escolha desse tipo de empreendimento?

Alice: Aconteceu naturalmente pelo momento e a necessidade.



Numa escala de 0 à 10 como a senhora classificaria por grau de contentamento com o seu empreendimento? Há objetivos maiores a alcançar?

Alice: Classifico como 10, sou além de feliz com o que faço, realizada. Acredito que quando cessa a vontade de aprender, acaba a graça de viver, e esse é o meu objetivo aprender cada vez mais.



Santa Catarina é um estado que oferece oportunidades para quem quer empreender?

Alice: Sinto que sim, as portas para novidades estão abertas.


Por que escolheu a praia de Jurerê Internacional para empreender?
Alice: No início não foi uma escolha feita pelo trabalho e sim pela moradia. Com o passar do tempo e conhecendo o local e as pessoas vi a oportunidade de dar início a este projeto .Comida caseira congelada de fácil e rápido preparo para o cliente.

A Sra aplica alguma estratégia para fidelizar seus clientes? Qual?
Alice: Prezo pelo atendimento e atenção com os clientes, como por exemplo:
Ligo pessoalmente para oferecer meus produtos e na maioria das vezes tento entregar pessoalmente.

Como são feitas as contratações de novos funcionários? Quais as principais dificuldades de contratação?
Alice: Os interessados vão até a loja. Primeiramente é feita uma triagem e verifico se possui algumas das qualidades que é necessário para o trabalho. Verifico também e não menos importante a vontade de trabalhar. A maior dificuldade é a mão de obra desqualificada e não digo somente nas tarefas e sim no comprometimento, na dedicação e realmente vestir a camiseta da empresa.

Que conselho daria as pessoas que querem se tornar empreendedoras?
Alice: Acreditar no seu objetivo e enfrentar as dificuldades sabendo que tudo é aprendizado. E não desistir na primeira barreira, persista!


Entrevista feita por Dani Nunes com a contribuição de Marcelo Antunes.



13/11/2014


Luciana Menestrino Gonçalves. Profissional de Gestão de Pessoas na qual temos grande admiração. Sua competência faz com que todos os seus liderados trabalhem em um ambiente agradável, felizes e acreditando que podem crescer na empresa. É um exemplo de profissional! Parabéns Luciana, pelo ótimo trabalho realizado!

Breve histórico da sua carreira Profissional:
"Fazem dez anos que trabalho com equipes e metas, sou Psicóloga e Pedagoga, fiz as duas faculdades juntas, estudava Pedagogia de manhã na FURG (Rio Grande) e Psicologia à tarde/noite na UCPEL (Pelotas), depois de formada vim para Porto Alegre e comecei a trabalhar numa editora de livros infantis, Edelbra, como Agente de Negócios e após seis meses fui promovida para Supervisora Comercial; depois de dois anos na Edelbra, participei do processo seletivo no Walmart e fui chamada, onde comecei como Supervisora de Pricing e novamente seis meses depois fui promovida para Coordenadora de Pricing; após três anos no Walmart, participei do processo seletivo na Shopping Brasil Tecnologia da Informação e fui chamada para assumir como Coordenadora de Pesquisa de Mercado e fiquei dois anos e meio. Há dois anos e seis meses estou na Unimed POA atuando na área de Call Center."

Formação: Psicologia (UCPEL) /Pedagogia – Anos Iniciais (FURG) / MBA em Gestão Estratégica de Negócios (ESPM) /MBA em Liderança Estratégica de Negócios e Pessoas (ESPM)
Profissão: Psicóloga
Área de atuação: Coordenadora do Call Center

No momento da contratação são avaliados conhecimento, habilidade e atitudes do candidato. Você, juntamente com o RH de sua empresa, já traçaram um perfil ideal de profissionais que melhor atendam o público que vocês atendem? Qual seria esse perfil?
Sim, juntamente com o RH da Unimed POA traçamos um perfil de competências comportamentais que esperamos dos candidatos que participam dos nossos processos seletivos para atendimento dos nossos clientes que são: Visão Sistêmica; Comunicação; Capacidade Analítica; Trabalho em Equipe; Facilidade de Aprendizado; Cooperação. Fora essas também primamos por candidatos que gostem de trabalhar com pessoas, tenham paciência, atenção concentrada, vontade de aprender, estar disposto a cumprir regras e metas, correr atrás dos indicadores, trabalho em equipe e ser receptivo a feedbacks.


Para quem faz parte do time quais são as perspectivas de crescimento e encarreiramento na organização?
Trabalho sempre com a cultura de termos um substituto, principalmente nos cargos de Liderança, então acaba se tornando a escadinha de crescimento de uma posição para outra. Por exemplo, os Líderes que tenho na equipe, praticamente 100% deles foram operadores, passaram por Assistentes de Operação, posteriormente como Assistentes de BackOffice até se desenvolverem e chegarem ao cargo de Líder. Esse desenvolvimento é fortemente trabalhado desde a operação até a Liderança, através de conversas pontuais, feedbacks mensais, retorno de seleção interna ou externa, participação de programas de reconhecimento do Call Center. Dessa forma, conseguimos demonstrar para equipe que todos têm oportunidade de crescimento dentro da área e/ou fora dela.

Você acredita que a Meritocracia é um beneficio para a organização e para o colaborador? Por quê?
Sim, pois tem momentos que as decisões em conjunto são mais efetivas, fazem com que os colaboradores façam parte do todo e dessa forma realizam seu trabalho de forma mais engajada. Claro que em alguns momentos temos que cumprir o que nos é determinado, onde não temos como mudar, mas minha forma de gerir é compartilhando informações e dessa forma chegamos à melhor decisão para o grupo e para a cooperativa.

Você como líder, tem os dias repletos de tarefas e responsabilidades. No meio de tantas reuniões, relatórios e viagens, você acredita que mesmo com uma vida corrida, podemos manter uma vida saudável? Como você equilibra sua vida pessoal e profissional?
Consigo equilibrar minha vida pessoal com a profissional, me organizando durante o dia, priorizando as demandas e com uma rotina pós expediente, como academia, MBA, para que dessa forma se tenha espaço para o trabalho e para o lazer, havendo o equilíbrio entre ambos.

O que mais te encanta em gerir pessoas?
O que mais me encanta em gerir pessoas são as pessoas. As diferenças entre elas, o aprendizado diário, a troca de experiências pessoais e profissionais, a empatia, o quanto ensinamos e o quanto aprendemos, esse é o maior encanto... a marca que deixamos nas pessoas e mesmo não estando mais naquele lugar, saber que as pessoas lembram de você pelo que foi realizado, isso não tem preço...

Entrevista feita por Dani Nunes com a contribuição dos Líderes Tainá Moreirae Fabio Daniel.


06/11/2014

Ana Claudia Braun. Pessoa que escolheu viver a vida formando profissionais. Além de liderar uma empresa, passa para seus alunos toda a paixão de lidar com pessoas. É com muito prazer que o Pensando Bem apresenta a vocês, essa mulher incrível que contagia a todos pela sua competência e sorriso no rosto. É um exemplo para todos que a rodeiam.

Breve histórico da sua carreira Profissional:
"Iniciei na área de RH em 2005 e tive a oportunidade de trabalhar em empresas de grande e médio porte. No ano de 2010 abri minha consultoria, A+B Treinamento e Desenvolvimento, e iniciei a carreira acadêmica. Atualmente dou segmento a estes dois projetos."

Nome: Ana Claudia Braun
Formação: Psicóloga (FEEVALE), Especialista em Psicologia Organizacional (ESADE), Mestre e Doutoranda em Psicologia Social (PUCRS)
Profissão: Consultora - A+B Treinamento e Desenvolvimento Gerencial e  Docente em Gestão de RH -  Unilasalle Canoas

Área de atuação: Gestão de Pessoas e RH

Para trabalhar com pessoas, primeiro deve-se compreender o comportamento humano e também o conhecimento de vários sistemas e práticas de recursos humanos. Para quem quer se tornar Gestor, Líder de equipe, qual conselho você daria?
Um conselho prático que sempre dou em sala de aula é que para ser gestor é necessário que, inicialmente, esta posição seja uma escolha. Muitas pessoas pensam que o natural da carreira é ocupar postos de gestão, sem levar em conta que o mercado também necessita de especialistas, cargos operacionais e possui demais possibilidades. Caso esta escolha de carreira seja consciente, é necessário que o gestor esteja apto a aprimorar suas habilidades pessoais. Devemos lembrar que o verdadeiro gestor tem sua liderança legitimada pelas pessoas e equipe de trabalho, principalmente pelas suas atitudes e não somente pelo cargo que ocupa.

Hoje, você como professora, forma novos gestores. Quais as habilidades específicas que você espera que seus alunos apliquem quando exercem um cargo de liderança?
É primordial que um gestor tenha visão sistêmica do negócio e a ideia que os resultados são conquistados com pessoas, através da colaboração ampla de todos. As habilidades específicas esperadas são desde as estratégias (como ter domínio das ferramentas de gestão e conhecimento de processo) até as habilidades pessoais: comunicação, empatia, foco em resultados, gestão de conflitos, capacidade de motivar, conhecimento de grupos/equipes entre outros.

Para as pessoas, as organizações constituem o meio, através do qual, elas podem alcançar vários objetivos pessoais. Como gestores, como podemos orientá-los a ser um colaborador de sucesso e conseguir atingir seus sonhos? Você acredita que os objetivos da empresa podem caminhar lado a lado com os objetivos pessoais dos colaboradores?
Acredito que os objetivos da empresa devem caminhar lado a lado com os objetivos pessoais dos colaboradores. Em tempos onde o mercado clama por talentos e a rotatividade se torna uma temática emergente, devemos cada vez mais estar atentos aos valores da organização e a sua ligação com os valores pessoais dos colaboradores. Podemos observar que colaboradores de maior sucesso nas nossas organizações são aqueles que a vislumbram como fonte de prazer e realização pessoal. Um colaborador de sucesso e satisfeito com sua posição é consequência de uma empresa que consegue oferecer, de forma clara e consistente, condições para o seu desenvolvimento pleno. Acredito que a prática da empresa de se colocar como parceira do colaborador, ainda não seja massivamente praticada no mercado, mas é o maior diferencial entre as empresas que possuem parcerias altamente produtivas com seus colaboradores e competitividade no mercado.

Sabemos que, como líderes, devemos ajudar as pessoas a melhorarem sua performance. Errou uma vez, treine novamente. Não deu resultado? Chame-o para feedback. Mas e se não der resultado? Com base no seu conhecimento, até que ponto devemos investir em um colaborador que não está com o rendimento esperado?
Convido a pensarmos no processo inicial de inserção deste colaborador na empresa: Como foi seu processo de seleção? Este processo é de suma importância, uma vez que devemos estar conscientes das habilidades apresentadas pelo novo colaborador e pontos de melhoria. O que acompanho na minha consultoria são pessoas com alto potencial direcionando suas atividades para ocupações que não lhe trazem satisfação, e a consequência deste cenário é o baixo desempenho. Como líderes, devemos entender as potencialidades de cada colaborador para que possamos propor melhorias em sua performance profissional. Às vezes, como líderes, estamos investindo nas habilidades não adequadas de nossos colaboradores, o que causa frustração e baixa motivação, tanto do líder como do liderado.

Caso seja um colaborador que esteja na empresa há mais tempo, com condições técnicas de desenvolvimento da sua função e seu rendimento tem baixado gradualmente, o foco deve ser dado na motivação. O que aconteceu com este colaborador? Quais são as expectativas que não estão sendo supridas? Há algo que a empresa pode colaborar para este processo? 
Com estas perguntas respondidas, o líder tem um panorama ampliado para a tomada de decisão assertiva. 
Também devemos compreender que, como em qualquer relação, as parcerias de trabalho são suscetíveis a desgaste. Caso o líder perceba que o vínculo entre empresa X colaborador esteja desgastado e não seja mais produtivo, deve-se aceitar de forma natural este movimento e finalizar o contrato de trabalho de maneira madura. Mas antes, deve-se perguntar: Como gestor, eu utilizei todas as possibilidades viáveis para a recuperação deste colaborador?

5 - Para você o que é gerir pessoas? 
Gerir pessoas é entender que há uma parceria entre líder e liderado. É um aprendizado constante, de erros e acertos, que nos levam a evoluir pessoalmente e profissionalmente. Penso que gerir pessoas é uma doação de habilidades e conhecimentos que levam os colaboradores a atingir resultados superiores. Para mim, o verdadeiro gestor de pessoas tem como principal motivação   aprimorar seus colaboradores.

Entrevista feita por Dani Nunes com a contribuição da Líder e aluna de Ana Braun, Jaqueline Silva.  

  



30/10/2014




Sheila Hermann. Grande parceira! Coordenadora de RH em uma empresa com mais de 400 funcionários. Admiro-a pela sua competência e sua serenidade.

Breve histórico da sua carreira Profissional:
"Sou formada em Administração, Técnica em Contabilidade e atualmente estou cursando Pós em Gestão de Pessoas (UniRitter). Minha carreira profissional começou na área de Departamento Pessoal e RH, ambas áreas que se ligam até hoje em minha carreira profissional. Além da área de Call Center, atuei por quatro anos na área de Engenharia Elétrica no setor de RH e Qualidade, ambas as empresas situadas em Porto Alegre.
A vida no Call Center é algo que envolve, movimenta, familiariza e oportuniza os profissionais para o crescimento. Com foco nas pessoas e nos resultados, seguimos cada vez mais estratégicos na área de RH, com prazos mais curtos, e com a exigência de perfil, assim recrutamos e selecionamos diversos profissionais para que possamos contratar o candidato que mais se enquadra em nosso perfil desejado, dessa forma o trabalho se torna mais dinâmico e em equipe, pois além da área de RH nós trabalhamos em parceria com nossos líderes e isso faz com que as coisas aconteçam de uma forma mais rápida e assertiva.Liderar é a forma de delegar e de acompanhar o outro e até nós mesmos diante de cada situação."

    Qual a importância do RH no segmento do Call Center?
O RH no segmento de Call Center tem um elo forte com as demais lideranças. No Call Center, isso faz com que a tomada de decisão seja mais rápida e efetiva, com agilidade no processo e habilidade nas estratégias a curto, médio e longo prazo junto às demais lideranças que estão à frente das equipes, isso faz com que o Call Center seja de resultados, nada melhor do que ter uma equipe de liderança focada, conscienciosa e com senso de entrega de resultados com qualidade, com base no nosso maior patrimônio que são as pessoas. A área de Recursos Humanos em parceria com as lideranças passa a ser o suporte a base para o sucesso junto aos nossos clientes e parceiros.

  Quais as principais dificuldades encontradas pelo RH de um Call Center?
Para a área de RH, trabalhar em um Call Center é algo desafiador, pois o mercado muda e precisamos estar sempre à frente, buscando métodos, redesenhando perfil desejado e também acompanhando a velocidade de demanda. A maior dificuldade é reter as pessoas neste meio, mas a cada dificuldade a área de RH no mundo do Call Center precisa buscar a oportunidade.

  Qual programa de gestão de pessoas pode destacar? Há uma         preocupação na empresa com o desenvolvimento dos profissionais?
O maior diferencial da empresa EXPLORER CALL CENTER são os seus talentos, é por isso que a empresa investe diariamente em capacitação contínua, programas cujo objetivo é incentivar o desenvolvimento e a motivação dos seus colaboradores diariamente. Além disso, nossos treinamentos são diários e com acompanhamento contínuo através de reciclagem e acompanhamento de colaboradores.

Qual a sua expectativa para a área de RH nos próximos anos?
Nos próximos anos, precisamos nos focar ainda mais em treinamento técnico de formação e retenção de colaboradores.  O desafio não será fácil, mas precisamos investir e olhar o futuro promissor, para que tenhamos profissionais qualificados e dedicados trabalhando em sintonia conosco.
As expectativas nesta área junto ao segmento de Call Center é buscar a melhoria na entrega de profissionais capacitados para execução do seu trabalho. Assim atuaremos focados na seleção de profissionais e treinamento de colaboradores e em contra partida será fundamental o preparo da área de Recrutamento e Seleção para este acompanhamento e para a entrega assertiva.

Que conselhos você daria para quem deseja torna-se um profissional de Recursos Humanos?
Aconselharia para aqueles que querem seguir carreira na área de Recursos Humanos “Gestão de Pessoas”, buscarem conhecimentos, experiência na área e acima de tudo se manter conectado ao mundo, estudando se aperfeiçoando e se dedicando em prol das pessoas e do que se faz com dedicação e empenho.


Entrevista feita por Tainá Moreira.



24/10/2014


Professor Gilberto. Mestre no qual tive oportunidade de assistir suas aulas em minha graduação e que me fez aperfeiçoar a comunicação. Minha admiração por ele é imensa. Profissional que transparece o amor pela profissão! Sua didática em sala de aula é de prender os alunos até o último minuto. Suas aulas criativas, com assuntos atuais provam o quanto ele é um profissional que valoriza o estudo contínuo! Me sinto honrada por tê-lo em minha rede de contatos! E por todos esses motivos eu não podia deixar de convidá-lo a estrear as entrevistas do Pensando Bem! 


Nome: Gilberto Fonseca
Formação: Mestre em Artes Cênicas e Mestrando em Letras
Profissão: Professor
Área de atuação: Ensino

Breve histórico da sua carreira Profissional:
"Sou formado em Letras pela UFPEL, com pós-graduação nas áreas de Literatura Infanto-juvenil e Administração e Marketing; além dos Mestrados em Artes Cênicas (UFRGS) e Letras (UNIRITTER), esse último em andamento. Sou profissional de teatro desde 2000 (com mais de 20 espetáculos dirigidos) e professor desde 2004. Minha carreira docente começou com o ensino fundamental, mas rapidamente migrou para o ensino médio e, desde 2011, trabalho exclusivamente com o ensino superior (embora sinta muitas saudades dos “pequenos”). Além de professor, exerço os cargos de Coordenador da CPA (Comissão Permanente de Avaliação) e de Focal Point do Sistema de Ensino, ambos na FTEC Porto Alegre."

Qual a importância de uma comunicação assertiva para os profissionais?
Reinaldo Polito, Mestre em Comunicação, diz que “quanto mais o profissional sobe na hierarquia da empresa mais dependerá da sua capacidade comunicativa e menos do conhecimento técnico, pois deverá participar de reuniões, processos de negociação, apresentar projetos, enfim, atividades que exigem bom desempenho da comunicação”. Ninguém consegue vencer na vida sozinho, não importa qual seja a área profissional escolhida; e a comunicação é o fator determinante para a formação de alianças e para o sucesso dos seus empreendimentos.

Você, como Professor de Comunicação de futuros Gestores, no seu ponto de vista, qual o seu principal papel?
Meu maior desafio é fazer com que meu aluno procure se desconectar ao máximo do senso comum. Procuro desafiá-lo a aprimorar seu senso crítico, a olhar o processo comunicativo como algo que ultrapassa a fala e a escrita. Debatemos muito a diferença entre informação e conteúdo e a importância de querermos melhorar sempre, investindo em alto (e auto) conhecimento.

Baseado na sua experiência, qual a principal dificuldade que seus alunos enfrentam na comunicação?
Um ensino fundamental (na maioria das vezes) bastante frágil. Faltam pré-requisitos. Muitos alunos também não têm o hábito da leitura, nem de livros, nem revistas ou jornais; muitos não assistem filmes, nem veem TV. O acesso à informação, para grande parte, advém da internet (basicamente dos grandes portais ou das redes sociais). Há uma parcela significativa de alunos que tem dificuldade de falar em público ou mesmo de expressar suas ideias através de textos escritos.

Vivemos em um mundo corporativo que somos bombardeados a todo momento por muitas informações e muitas vezes as pessoas acabam não absorvendo ou não entendo de uma forma correta. Na sua visão, como o Gestor deve se comunicar com a equipe, de uma forma que os mesmos absorvam e entendam exatamente o que ele quer expressar?
Ele precisa conhecer seu público, entender que as pessoas são diferentes e, consequentemente, aprendem de formas diferentes. Considero que investir em formas diversificadas de comunicar aquilo que se deseja é algo bastante positivo. O líder também precisa ser carismático e motivador. Reuniões de equipe são sempre bem-vindas, da mesma forma que momentos de integração, mais relaxados, ajudam a estreitar laços.

Qual sua opinião sobre a comunicação informal “Radio Corredor”?
Dificilmente ela deixará de existir (e não importa o tamanho da instituição), mas requer atenção. Muitas vezes um ruído se transforma em um barulho ensurdecedor se não se der importância a ele. Há de se ter cuidado com os “locutores” dessa rádio corredor e procurar ficar a par de suas reais intenções.

Como Gestores, como podemos desenvolver a Persuasão?
Alguns tem a capacidade nata de persuadir, outros buscam desenvolvê-la através de cursos, leituras, etc. O importante é reconhecer que um colaborador motivado vai produzir bem mais do que um que só está ali por falta de algo melhor. Recomendo, mais uma vez, conhecer quem queremos persuadir, as pessoas respondem melhor quando têm seus desejos despertados, mas também são muito suscetíveis às emoções e à inteligência. Falar de forma clara, olhar nos olhos, ser justo, ético e motivado (o famoso “brilho no olho”) já é um grande passo. Leia sobre o comportamento humano, observe a sua equipe e descubra o que a move.

Sabemos que a comunicação é um fator importante nas organizações. Quais os procedimentos utilizados para desenvolver uma comunicação saudável em um novo gestor para com sua equipe?
Respeite seu colaborador. Conquiste-o pela pessoa e pelo profissional que você é, não pelo cargo que você ocupa. Comunique-se com seu grupo numa linguagem adequada ao tipo de pessoa que o forma. Pessoas simples preferem uma linguagem simples, já as pessoas cultas são mais sensíveis a uma linguagem intelectual. Linda Hill, professora da escola de negócios de Harvard, costuma dizer que “para ser reconhecido e respeitado, um líder deve todos os dias examinar as interações com os seus liderados, suas palavras e ações, pois através destas mensagens haverá a indagação sobre a disposição de aceitar, ou não, a sua influência”.

Você considera viável a utilização de ferramentas digitais (grupos no Whats e Facebook) em ambiente corporativo? Considera tão eficaz quanto às demais formas de comunicação?
Não vejo como fugir dessa tendência, mas há de se ficar atento a sua utilização. Penso que possam ser um ótimo aliado, desde que usadas com moderação. Saber lidar com as redes sociais é tão essencial quanto estar nelas, pois podem ajudar na busca de informações úteis para o dia a dia, mas também podem ter o efeito contrário, transformando-se em um inimigo poderoso. Um diálogo franco entre gestores e colaboradores, criando regras e limites, sempre é o melhor caminho.

Entrevista feita por Dani Nunes com a contribuição dos Líderes Rodrigo Pedralli, Jeniffer Bolzan e Jaqueline Silva.



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