Cuidar de cada pessoa na equipe: esse o segredo para fazer com que os subordinados trabalhem a seu favor.
Não
há como um negócio persistir sem liderança. Mas como fazê-lo? Escreve-se e
fala-se muito sobre esse tema, mas, no final, um bom líder se resume ao que é
considerado como tal pela sua equipe.
Yannis Gabriel, professor da Bath, uma
universidade britânica, resolveu justamente estudar o que os subordinados
esperam de seus chefes. Sua descoberta: mais do que pessoas competentes que os
conduzam a resultados, o que desejam são líderes que se preocupam genuinamente
com eles.
Líderes que estão presentes, prontos para ouvir e compreender. Estão dispostos a doar tempo, conselhos, reconhecimento e apoio. Tratam seus subordinados com toda consideração. Não só mostram respeito pela equipe, como também ficam atentos a mudanças nas necessidades e aspirações dos funcionários.
Líderes que estão presentes, prontos para ouvir e compreender. Estão dispostos a doar tempo, conselhos, reconhecimento e apoio. Tratam seus subordinados com toda consideração. Não só mostram respeito pela equipe, como também ficam atentos a mudanças nas necessidades e aspirações dos funcionários.
Em empresas noviças ou não tão
grandes, o relacionamento acaba sendo mais próximo e pessoal. O líder precisa
ter sensibilidade para agradar os subordinados nos momentos felizes, como
aniversários e casamentos, assim como dar suporte em épocas difíceis, como
quando ocorrem problemas de saúde ou de morte de algum parente. Também pode
aproveitar as conversas para sondar do que os subordinados gostam e o que
odeiam no trabalho e, ainda, perguntar o que querem fazer de sua vida
profissional.
Nem todo mundo consegue ser dessa
forma, é verdade. Porém, de acordo com Gabriel, não há líder que seja admirado
e, no final das contas, seguido, se for percebido como alguém que não está nem
aí para seus subordinados.
É importante deixar claro: líderes
zelosos não necessariamente são sempre legais, muito menos estão prontos para
agradar o tempo todo. Ao contrário. O teste de verdade acontece quando eles
precisam tomar decisões difíceis e assumir riscos para se responsabilizar pelos
outros. Nem sempre dá para deixar 100% do time feliz, mas no fim do processo
deve ficar claro que determinadas ações serviram para a sobrevivência das
pessoas que dependem do negócio.
No artigo a ser publicado na
revista acadêmica Leadership, em versão disponível on lline (http://lea.sagepub.com/content/early/2014/04/28/1742715014532482), o
professor de Bath finaliza elencando os problemas a ser evitados pelos líderes
que abrem o coração para os subordinados. Em primeiro lugar, esse estilo
de liderança pode ter um efeito paralisador na equipe. Como todo pai e toda mãe
sabem, cuidados excessivos podem causar dependência e inércia e fazer com que
aqueles que recebem atenção não consigam nunca agir de forma autônoma.
Em segundo lugar, esse estilo de
liderança pode almejar a harmonia, mas deixar o clima da empresa pesado e com a
sensação de que a injustiça paira. Isso pode acontecer quando o líder se
preocupa mais com aqueles que precisam dele – um conceito subjetivo – e com
aqueles mais próximos física ou emocionalmente.
Na maioria das vezes, não há como
tomar uma decisão que seja julgada moralmente de forma igual por todos. E
alguns dilemas são bem difíceis, mesmo. Por exemplo, até que ponto um líder
deve se dedicar a reverter o humor de um funcionário insatisfeito sem que isso
comprometa os cuidados aos demais funcionários?
Finalmente, é um desafio manter essa
marca personalista sem ir contra os planos da empresa. Ter a confiança de todos
é fundamental, mas não como objetivo em si próprio, e sim como forma
complementar para que toda a equipe compartilhe da mesma visão do negócio e se
sinta estimulada a desempenhar acima do esperado.
Um abraço,
Dani Nunes★
danielleanunes@gmail.com
Fonte: http://www.dcomercio.com.br/categoria/gestao/lidar_com_o_fator_humano_e_o_que_define_um_bom_lider
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